terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nonsense

Cilmina começou a cair de uma ladeira ensaboada graças a vassoura da vizinha que se jogou do terceiro andar porque sua galinha passava fome e a avó estava com vontade de tomar banho. Na casa da avó não tinha água, porque lá, onde morava, o século era o século seguinte e não havia mais água. Havia urina e as pessoas se banhavam de urina, e dentro de cada gota da urina tinha um imenso reservatório de giz de cera para acabar com todos os elefantes que viviam no cerrado. Os elefantes amavam os gizes de cera, se atraiam por eles, e largavam as bonecas de que tanto gostavam quando, do outro lado do Lago Fétido, avistavam gizes, mas os gizes odiavam os elefantes e fugiam deles, para que os cravos não comessem todos os capins e suas narinas enxasse tanto, mas tanto, que as barrigas se entopissem de ferro e eles virassem robôs. Os robôs se casavam com ursos e, quando se casaram com os ursos, fizeram surgir uma nova espécie: os robursos, seres bastantes robustos que devoravam ar e todo mundo queria ser amigo deles. Mas se tinha algo a que os robursos temiam era à nuvem da folha de canela, uma nuvem que aparecia a cada dez dias da semana e quando chovia, as gotonas de chocolate eram tão grandes, mas tão grandes, que todos ficavam com dor de barriga. Menos nicolas, o menino-sem-dente, então o prefeito da cidade resolveu transformar chocolate em dinheiro, então todo mundo ficou rico e ninguém mais precisou de ninguém para fazer favores, porque todos tinham grana. Logo, os sere humanos pararam de interagir entre si e a espécie humana se acabou. E de quem ficou sendo o reino? Oh! daquele que veio de longe...O zuricate, que adquiriram asas flutuantes e invisíveis que queimavam todas as coisas orgânicas do universo e assim as madeiras robustas fortes e gigantes e falantes se reuniram todas e fizeram panfletos de vidro pra comemorar a vinda dos zuricates e, como forma de recompensa, arrecadaram quinhentos milhões novecentos e noventa mil seissentos e noventa e quatro tipos de papéis diferentes, que eram comestíveis. Todos comeram, comeram e comeram e não engordaram e não cresceram. Ao invés disso, viraram seres doces e amáveis, que graças ao Rei Real, foram oprimidos. Então veio a forte onda revoltada, treinada por Washgton Williens, o maior lutador de Malácia, e queimou a cara do Rei Real com trezentos mil e novecentas e nove vírgula duas algas-marinhas. Todas essas socaram as caras uma das outras e assim nasceram as alguinhas, que viraram amigas das formigas rosas, que sobreviviam de mal cheiro, por isso se instalava na moradia do porco Simas, que, apesar de tomar banho todos os dias, não ligava para avó para desejar feliz dente novo. Mas o pai ligava para a avó. O problema é que o telefone dele não tinha teclas nem fone, logo, ela nunca poderia ouvir suas ligações e arrotava toda vez que o telefone tocava, pois até seu estômago chorava. Mas as lágrimas eram feitas de suco gástrico e sempre fazia com que ela fosse triste, já que os papéis comestíveis não lhe faziam efeito. Só que, num belo dia de manhã, quando o sol nasceu e os búfalos cantaram e o café da manhã já estava na mesa porque dona filá tinha feito, já que seu marido a obrigava a nadar todos os dias, nasceu a criatura que mudaria todas as criaturas e todos os zeus e deus e todas as torradas e todas as manhãs e sóis e búfalos e cafés da manhã e todas as mesas e todas as donas e todos os maridos e todos os nadadores e todas a criaturas...

Nenhum comentário: